quarta-feira, 24 de julho de 2013


O nome primitivo dado pelos índios Timbiras e Tupi-Guaranis ao fogão a lenha que utilizavam, era Tucuruba. Nesse artefato, fogo era feito em um buraco construído diretamente no chão, protegido por algumas pedras. Sobre essas pedras se assentavam as vasilhas de barro e cerâmica.

Com o passar do tempo, esse fogão foi sendo modificado e, pelo sabor singular que deixa no alimento, passou também a ganhar espaço nas cozinhas das casas dos bandeirantes. Durante o período escravista, eram feitos em grandes tamanhos, para que fosse possível se cozinhar grandes quantidades de comida para abastecer as senzalas.
Fogões menores eram destinados a elaboração de assados, pães bolos, pudins e compotas das casas dos senhores. Com o tempo, esse artefato caiu em desuso, sendo substituído pela praticidade proporcionada pelos fogões e fornos a gás, ficando seu uso mais restrido às áreas rurais.

No Brasil há dois diferentes tipos de fogões de lenha. O primeiro, mais utilizado no sul do país, é montado em metal. Carvão vegetal ou lenha são adicionados na parte de baixo do fogão, aquecendo tanto o forno bem como uma chapa de metal instalada em seu topo, onde são colocadas as panelas. Um segundo tipo de fogão, mais utilizado nos estados de Minas Gerais e interior de São Paulo, é construído em alvenaria. A lenha é colocada diretamente em um tunel sob os bocais do fogão. O ar quente resultante da queima da lenha circula por esse túnel, indo até a base da chaminé, onde normalmente é instalado um forno, feito em aço ou ferro fundido.
Mesmo assim, pesquisas indicam que mais de 90% das casas situadas nas áreas rurais do estado de Minas Gerais ainda têm esse acessório. Apesar do declínio no uso desses fogões na áreas urbanas, esses fogões voltaram a ganhar destaque, sobretudo nas habitações construídas para o lazer, como chácaras e ranchos devido, sobretudo, ao sabor único do alimento preparado com lenha.


fonte: curiosidadedofogaoalenha.com
fotografia: Edu Fazzio

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