Desde que desembarcou no Brasil, a quinua vem conquistando
mais espaço em restaurantes e lojas de produtos naturais. E quem ganha com
isso, claro, é o consumidor. "Apreciada e até venerada pelos povos dos
Andes, ela é uma refeição", compara o cientista de alimentos Jaime Amaya
Farfan, que coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação na
Universidade Estadual de Campinas. "A quinua é
muito completa em relação às quantidades de calorias, proteínas, gorduras e
carboidratos", justifica.
Pesquisas recentes apontam que as fibras e a saponina,
substância detergente que recobre a quinua, poderiam reduzir os níveis de
colesterol produzido pelo fígado. Incluí-la no cardápio seria também uma
maneira de combater a obesidade. "Ainda faltam estudos que esclareçam
todos os seus benefícios para a saúde", pondera Farfan. Um sinal de que
não são poucos.
Outra faceta de dar inveja a qualquer cereal genuíno é a
concentração de zinco, cálcio e ferro - esse último, suficiente para convencer
os especialistas de que a quinua seria uma solução para casos de anemia. Sem
falar nos indícios de que seus fitoestrógenos, que cumprem o papel de hormônios
no organismo, ajudariam a afastar a osteoporose nas mulheres depois da
menopausa.
Se, depois de ler tudo isso, você está se questionando sobre
qual é a melhor forma de consumir a quinua para aproveitar tantos atributos,
saiba que não existe consenso. "Em princípio, o grão conservaria melhor os
nutrientes do que derivados como a farinha", aponta a nutricionista
Cristiane Lorenzano, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. O ideal seria
assá-lo ou cozinhá-lo - sem exagerar na quantidade de água.
Fonte: Revista Saúde
Imagem: Dercílio
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